quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Farejador


                Por algum motivo estranho, a cama quentinha e confortável não parecia tão atraente naquela manhã de sábado. Ele levantou-se e sentou na beirada da grande cama de casal onde os pais costumavam dormir - bom, não apenas dormir, não é? Se é que você me entende -, esse pensamento o enojava, mas não tinha escolha, era a única cama e colchão que tinha para dormir. Procurou seus chinelos escondidos em algum lugar do escuro com os próprios pés. Andou pesadamente até a porta e a abriu com um ruído. "Porcaria", pensou o garoto, imaginando que todos na casa acordariam com aquele simples som, o que não aconteceu.
                Na cozinha encontrou o leite recém-tirado das tetas nojentas daquela vaca nojenta. Sua repulsa era grande, mas a fome era maior, então, empurrou a nata com o dedo, despejou o leite num copo e bebeu tudo num gole só. "Blerg!", foi o som que o garoto emitiu ao mesmo tempo em que esboçava uma careta na sua cara cheia de espinhas.
                - Pelo menos você tem leite pra beber! - uma voz áspera sussurrou na soleira da porta que dava para o quintal, assustando o garoto.
                O dono da voz xingou o pobre jovem de todas as formas possíveis em sua mente, enquanto imaginava o motivo pelo qual Deus lhe dera aquele fardo insuportável. Andou com suas galochas sujas de terra e estrume para dentro da casa e desapareceu nas sombras comuns naquela residência escura.
                O menino foi até a porta com um pedaço de pão na mão e o devorou observando o nascer do Sol. Lá estava ele, finalmente. Assim os pesadelos terminavam e ele podia encontrar-se com seu único amigo verdadeiro naquela propriedade, onde era obrigado a viver com pessoas estranhas que não sabiam sorrir.
                Voltou ao quarto e vestiu uma "roupa para brincar". Saiu correndo pela casa, e ao passar pela cozinha, pegou outro pedaço de pão. Com seus passos desesperados e desajeitados de menino que está virando rapaz, correu para longe, muito longe.
                O vento atingia seu rosto de uma forma deliciosa. Era como se pudesse sentir os bons tempos em suas bochechas. O cabelo liso e escuro voava para trás e um sorriso nascia em seu rosto. Enfim, havia avistado seu amigo.
                Lá estava ele. Como sempre, a esperar. Pelo garoto, ou pelo pão?
                Saiu em disparada. E então, os dois se encontraram, numa alegria que dava gosto de ver. O garoto abaixou-se e esfregou as orelhas do cão, que lambeu-lhe o rosto, cumprimentando lhe. O jovem rapaz sentou no capim baixo e seco ao lado do animal e deu-lhe o pão.
                - Pra você, amigo - ele disse, com o sorriso sincero nos lábios. Estava ansioso para começar a falar sobre suas histórias, suas saudades, seus momentos, enquanto o cão escutava com toda sua sabedoria canina.
                Naquele dia os dois se divertiram como nunca, brincadeiras e segredos, alegrias e mais brincadeiras. Bom, mas o que o garoto não sabia quando despediu-se do cão, é que jamais voltaria para a maldita casa que lhe dera tantos pesadelos e tantos sentimentos ruins.
                Lá estava ele no fundo do poço, literalmente. Distraído em sua felicidade por ter um amigo naquele lugar horrível, não viu o grande buraco na parte alta do pasto, caiu sem ter como voltar.  No meio do pasto, perto das carvoarias antigas, no poço antigo que seu tio ranzinza se recusara a encher de terra, por "falta de tempo". Ninguém sabia onde estava. Ele não contara às primas implicantes nem à tia mal-humorada, pois elas estavam dormindo quando saiu. E seu tio o viu saindo, mas ele jamais o procuraria, porque o que mais queria na vida era se livrar do fardo, e se o dito cujo, por acaso, desaparecesse, para o velho seria como ganhar na loteria.
                Depois de analisar e tentar todas as maneiras de sair dali, o pobre garoto, cansado, deitou-se na terra úmida e chorou. Lágrimas pesadas, que pareciam ter saído de sua alma sofrida. Ele pensou nos pais, que tão jovens, foram levados para junto de Deus, segundo o padre Efigênio, aquele padre gentil que o abrigou na sacristia enquanto esperava o tio vir buscar-lhe. Lembrou das duas irmãs mais novas, Rosa e Carmem, enviadas a um convento para converterem-se em freiras. Ah, como sentia saudade das irmãs e das brincadeiras que faziam juntos - ele era sempre o vencedor por ser o mais velho. Pensou nos amigos, nos doces que comprava com o troco da merenda todo dia depois da aula, nas lições de casa que odiava, mas que agora lhe traziam lembranças de um tempo em que sorrir não era difícil. A mente do garoto encontrava muitos caminhos que sempre levavam ao mesmo fim: o amigo cão. "Quem levará pão para o pobre coitado?", pensava, e soluços balançavam-lhe o corpo magro. "Quem lhe fará companhia quando sentir-se sozinho?". Mais lágrimas.
                O garoto sentou-se e respirou fundo. Observou que o Sol estava a pino. "Meio-dia", pensou. Um estrondo irrompeu de suas entranhas. "Que fome!". Deitou-se novamente e fechou os olhos. Dormiu um sono infantil e feliz, sonhou com lembranças de sua saudosa infância.
                Ao acordar, o dia já era noite, então percebeu assustado que ainda estava no poço, e começou novamente a chorar. "Vou morrer!", dizia, numa voz que parecia-lhe um grito, mas era um sussurro em meio aos soluços. Abraçou os joelhos e balançava para frente e para trás, sem perceber, enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto jovem e triste. Ao longe, escutou um som. Concentrou-se. Eram latidos? Sim! Latidos!
                - EI! - gritou o menino, o que pareceu-lhe inútil.
                - OLÁ? - uma voz respondeu.
                Os latidos estavam mais próximos.
                - AQUI! - seus gritos ecoavam no poço e pareciam não sair dali - AMIGO, ESTOU AQUI! - gritava desesperadamente, na esperança de que fosse mesmo seu amigo canino, e não um caçador de cervos.
                Os latidos chegaram ao topo do poço. O garoto olhava para cima tentando enxergar seu amigo cão ou qualquer ser que pudesse ajudá-lo, podia ouvi-lo, mas tudo que seus olhos enxergavam era escuridão.
                E então, uma luz provinda de uma lanterna surgiu nas paredes do poço, assim como os gritos do homem que viera salvá-lo e os latidos do cão que o guiara.
                - EI, MENINO! ESTÁ TUDO BEM? - o homem gritou.
                - SIM! MAS ESTOU COM FOME - ele respondeu, mal contendo-se de alegria.
                - VOU TE TIRAR DAÍ! VOCÊ TEM SORTE EM TER UM AMIGO FAREJADOR!
                - FAREJADOR? - o garoto gritou, mas então parou e disse só para si, sabendo que o cachorro estava ouvindo-lhe - obrigado.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Onde estão os tons de verde?

          Manhã de sábado. Fui à padaria onde encontro o melhor pão da cidade, e também, o preferido de minha esposa. Estou voltando para casa. Enquanto espero o semáforo abrir para mim, observo como a luz do sol é capaz de dar mais vida e mais cor às folhas daquela antiga árvore ali da calçada. Sabe, os tons de verde são diferentes quando os raios luminosos do grande astro estão ali, embelezando e acariciando as folhas... O sinal abre. Ouço buzinas. Muitas buzinas, aliás. Epa. AH! É O FIM! Tudo está escuro. Meu mundo apagou. Foi um sonho! Mas, espera... Não, um pesadelo. Um pesadelo que não acaba quando abro os olhos, olho ao meu redor e tudo está escuro da mesma forma.


        Roubaram minhas imagens. Minhas cores, minhas flores de mil sabores. Procurem, o sol tocando as folhas de uma árvore numa manhã de sábado. Por favor, me devolvam, a beleza de um pássaro a bebericar uma poça d'água. Encontrem, é o que peço, as gotas de chuva a escorrer pelo vidro, apostando corrida com meu dedo indicador.
       Não mais consigo engrandecer-me com a alegria estampada no rosto do meu bebê. Entreguem-me novamente a sensação de ver meu pequenino sorrir. 
        Meu olhos incapazes derramam lágrimas, onde os óculos escuros conseguem esconder.

       Mais um dia amanhece. O despertador grita de forma que é impossível ignorar este fato. Escolho minhas roupas no guarda-roupa. Dou um beijo na testa de minha esposa. Ando sem fazer barulho até o quarto onde dorme a minha vida. Sinto a madeira do berço. Inclinando-me para frente, passo minha mão pelos cabelos finos e macios. Abençoo aquela criança pedindo à Deus que a proteja. Continuo com meu passo silencioso ao sair dali. Pego as chaves sobre a mesa. Identifico rapidamente quais precisarei para sair. Pego a 'bengala' que está próxima a porta. Saio pela rua identificando obstáculos. Chego à avenida. Não sei porque todos preocupam-se tanto comigo quando passo por ali e pelas outras ruas movimentadas, é tão fácil, principalmente agora que a prefeitura colocou aquelas bolinhas salientes onde tem faixa de pedestre, nunca me senti tão seguro para atravessar. Enquanto ando pela calçada, penso sobre tudo. Não sou ingrato pelo que tenho. Gosto de tudo que Deus me deu. Mas sinto falta sabe, de algumas coisas: dos sorrisos da minha esposa e da minha criança... e dos diferentes tons de verde que o sol dá as folhas das árvores quando as toca nas manhãs de sábado. Fico imaginando se ainda são os mesmos de que me recordo ou se mudam enquanto não posso analisá-los. Apesar disso, penso que está tudo bem se mudarem, porque meus sonhos ainda continuam os mesmos, e sempre continuarão.
      Meus pensamentos chegam a distrair-me. Mas algo chama atenção em meus ouvidos. Paro. Escuto. Um carro cheio de crianças... ou seriam adolescentes? Histeria. Quem sabe um deles está prestando atenção em mim, enquanto presto atenção neles? É... vai saber...

sábado, 27 de agosto de 2011

É sábado



            - Ei, você! Sim, você aí, trabalhando nesse supermercado em pleno sábado. Diga-me, como usará esse suado dinheiro? Cinema com a sua pequena, churrasco com os caras, faculdade no turno da noite, pagará contas? As pessoas passam por você como se fosse invisível, mas não alguém como eu, que guarda no coração lembranças de alguém parecido com você. Sabe, fico aqui te observando, e não me sinto muito feliz. Esse seu jeito me lembra dele... Ele, por quem tanto me dediquei e quem tanto me feriu. Será que você é assim tão mau também? Será que conquista uma garota e sua afeição para depois deixá-la com o pretexto de não fazê-la sofrer? Não trabalhe tanto erguendo esses objetos pesados... Suas mãos grandes e brancas me trazem lembranças de carinhos falsos... Não carregue com tanta brutalidade esses pacotes... Seus braços fortes me lembram de sonhos que tive em que ele me carregava por aí... Não conserte a posição do seu óculos com tanto desinteresse... Esse seu dedo erguido arrumando as lentes sobre o óculos, com tanta tranquilidade, como algo normal, desperta em mim tanta saudade dele, que você nem imagina, então não aja como se fosse um gesto normal... Só me diga, me fale apenas uma vez, que você não faria com uma mulher o que ele fez comigo! Só afirme que nunca jogará fora sentimentos tão sinceros como ele fez! É só o que preciso ouvir, que você não é como ele. Não, não é. Eu sei que não. Nem precisa dizer.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Para o Coração



PRÓLOGO
                Olhei mais uma vez pela janela. Não, ninguém atiraria pedrinhas naquela tarde. Levantei-me da cama. Vestia roupas simples, talvez as usaria para ir à padaria. Abri a porta da frente. Não levei o celular. Só levaram alguns passos para que eu atingisse a calçada. Direita ou esquerda? Sim ou não? Pular ou ficar? Gritar ou calar? Ser feliz ou fazer o certo?

               
                Era novembro. Cheguei em casa pisando nas nuvens. Mais feliz do que em qualquer dia que já vivera nos meus poucos 16 anos. Todos perguntavam o motivo daquele sorriso bobo, e eu nunca quis dar detalhes, com medo de que algum comentário profundo demais tirasse a profundidade daqueles acontecimentos.
                Deitei em minha cama. Fechei os olhos, mas eles se recusaram a deixar de ver imagens. Ele, eu. Nós. Amor. Abraço, beijo. Conversa, riso, brincadeira. Tudo que sempre sonhei, ele. Eu. Nós.
                E algo mais importava? Sem querer, acabei dormindo. E não sonhei. Não seria uma injustiça, alguém que vive numa realidade dos sonhos, sonhar?
                Acordei cedo. Era sábado. Sorri para o sol que brilhava de encontro com minha janela. Disse “bom dia” em pensamento para todos os seres que cantavam e voavam ao alcance dos meus ouvidos e olhos. Afinal, não é tão ruim acordar cedo. É como se todos estivessem esperando por aquele momento e ele finalmente acontecesse. Ao levantar-se tarde, mais parece que todos cansaram-se de esperar e foram embora.
                Tentei passar meu dia sem pensar nele. Em vão. Tudo que eu tocava, sentia, cheirava e ouvia fazia me lembrar dele. Ninguém percebia a ansiedade em que eu vivia, só para que o entardecer, finalmente, chegasse.
                Sentei em minha cama. Eram por volta de 5 horas da tarde. Aguardei. Uma. Duas. Três pedrinhas chocaram-se contra minha janela. Quatro. Um sorriso enorme formava-se em meu rosto. Cinco. Abri a janela. Não aguentei e soltei um riso feliz quando o vi.
                Lá estava ele, coração! Sorrindo, assim como eu. Lindo como sempre. Com o sol em seu cabelo castanho, parecia loiro.
                - Oi. – ele gritou.
                Virei-me e sai correndo. Abri a porta da frente e lá estava ele. Provavelmente saíra correndo também. O gramado do jardim era como uma centena de longos quilômetros. Ainda não era tempo de deixar de correr. Continuei, até que os braços dele estivessem em mim.
                Eu ri do meu desespero. Ele sorria, parecendo achar graça da minha situação. Já ofegante pela corrida rápida, perdi ainda mais o fôlego quando fui pega de surpresa por um beijo longo da única boca que eu queria beijar pelos próximos 100 anos.
               
                Coração, sei que você conhece todos os momentos, mas não pude deixar de contar um dos mais especiais que vivi com ele. Bom, vamos prosseguir com essa história, porque dói pensar em como tudo era tão diferente do que é hoje.
               
                Era uma noite de dezembro. Ele não atirou pedrinhas, como fazia todos os dias. Era nisso que eu pensava ao estar deitada em minha cama com uma expressão ligeiramente conturbada. Vício. Era do que eu chamava minhas tardes. Não sabia mais viver sem vê-lo diariamente. Sem ouvir pedrinhas baterem contra o vidro.
                O celular tocou, assustando-me.
                - Alô? – atendi, sem olhar o identificador.
                - Oi. – ele disse, fazendo-me estremecer e você bater freneticamente.
                - Boa noite. – respondi, tentando não demonstrar todas as preocupações que passavam em minha cabeça.
                - Me desculpe por não ter ido hoje. Acordei tão cedo de manhã! Tive de ir à casa dos meus avós antes de ir à aula. Quando voltei da escola, dei um fim em todos os afazeres só pra ter tempo de te ver. Depois, deitei no sofá para descansar um pouco e ao acordar, já era noite.
                - Você acordou agora a pouco?
                - Sim. Não. Mais ou menos. É que eu esqueci, entende? – não, eu não entendia. Eu não havia esquecido. Eu fiquei esperando enquanto ele esquecia-se de mim.
                - Não tem problema. Tá tudo bem. Mas amanhã você vem sem falta, né?
               
                Tentei não pensar sobre aquilo. Ele simplesmente havia esquecido ou havia feito coisas demais para lembrar-se. Mas, a verdade era que aquele foi o primeiro de muitos acontecimentos que tinham o esquecimento como causa. Coração, ele passou a esquecer-se de mim todos os dias. Chegava a ficar uma semana sem vir atirar pedrinhas em minha janela. Eu sofria, pois sentia muitas saudades dele. Além disso, ele não ligava mais para justificar-se, nem para dizer “boa noite”. E como, coração, uma pessoa viciada pode viver sem seu artigo de vício?

                Eu já não aguentava a situação. Sentia como se você estivesse sendo esmagado com mãos grandes e más o tempo inteiro. E depois, parecia que um buraco grande dominava toda a sua extensão. Eu estava infeliz. Completamente. Não sabia o que estava acontecendo. Eram quase um mês e meio sem que ele viesse me ver. Nesse tempo todo, ligou apenas duas vezes, falando friamente e demonstrando pouquíssimo entusiasmo quando eu falava sobre sair ou qualquer outro programa que envolvesse ‘nós’ como sujeito.
                Vou dizer, coração, que você não facilitou nenhum pouco a minha decisão de ligar pra ele e saber o que realmente estava acontecendo. Você batia loucamente dentro do meu peito ferido. Minhas mãos estavam mais trêmulas do que nunca. Peguei o celular e digitei o número, que eu sabia de cor, com um pouco de dificuldade.
                - Alô? – ele atendeu.
                - Oi. Bem, quero ir direto ao assunto, e quero que você faça o mesmo. E aí, o que é que está acontecendo?
                - Oi? Do que você tá falando? – ele ainda insistiu em fingir-se de desentendido.
                - Você sabe muito bem do que estou falando! Não aguento essa situação! Por que você mudou tanto? – minha voz saia sem dificuldade, movida à adrenalina e nervosismo.
                - Nossa, eu sabia que esse dia chegaria. Sabe, eu adoro você. Nunca conheci garota tão meiga e que gostasse tanto de mim. Mas é que não estou preparado para um relacionamento sério.
                - E por que você quis eu ficasse aqui sofrendo sem saber o que estava acontecendo se você sabia exatamente o que fazer? – pude sentir lágrimas formando-se nos cantos dos olhos, e outras escorrendo por uma bochecha corada de vermelho.
                - Mas eu não sabia como!
                - E o por quê? Você sabe? Por favor, seja sincero.
                - É que... Eu estou apaixonado por outra garota.
                - Era tudo que eu precisava ouvir. Adeus. Até nunca mais. – desliguei o celular apertando o botão vermelho com uma força absurda. Ouvi um ‘CRECK’, mas ignorei. Nada importava.
                Lágrimas escorriam tão rapidamente que pareciam apostar corrida umas com as outras. Era estranho. Parecia que eu já esperava por aquilo. Obviamente, sentia raiva. Raiva dele, da outra garota, do tempo que passei sofrendo, de quando éramos felizes, do tempo que eu sorria só de pensar nele, das pedrinhas na janela, das mensagens de celular – que foram todas apagadas após aquela conversa -, da voz dele, e de você, coração, principalmente. Aliás, foi tudo culpa sua. Fez-me amar tão profundamente alguém incapaz de me corresponder.
                Estava magoada com tudo e com todos. Nem dormir eu conseguia, o que me deixava ainda mais nervosa.

                Pois é, coração. Ainda penso que você é o culpado, mas já não sinto tanta raiva de você. Só um pouco, sabe. Só queria que eu estivesse tão bem quanto ele está. Estou triste e magoada. Nada mais parece me trazer felicidade. Sinto preguiça de viver, pois minha vida não é tão boa quanto antes. Acordar com disposição? Não mais. Que graça terá mais um dia sem meu vício? Nenhuma.

                Lá estava eu novamente esperando pelas pedrinhas na janela. Mais uma tarde vazia. Mais um dia sem-graça. Olhei pela janela. Ainda tinha esperanças de que ele mudasse de ideia. Quem sabe dessa vez alguém resolvesse lutar por mim e não eu lutar por alguém? O certo seria se eu continuasse ali, sentada em minha cama, só tentando esquecê-lo. Quieta, no meu canto. Senti um impulso e tive de segui-lo. Levantei-me da cama. Sai andando pela casa com minhas roupas não tão velhas mas também, nem tão novas. Abri a porta da frente. Lá estava o gramado verde, palco de tantos momentos felizes. Presenciou minha felicidade muitas vezes, mas agora só veria minha tristeza andando lentamente até a calçada.
                O concreto incitava-me. Olhava fixamente para uma rachadura que parecia responder todas as minhas perguntas. Ir para a direita, em direção à casa dele, ou virar à esquerda e ir ao supermercado mais próximo comprar chocolate e um pote de sorvete? A rachadura meio que apontava para o lado direito. Sou destra. O lado direito sempre foi mais certo. Passei para o lado contrário da calçada, e então, a rachadura passou apontar para esquerda. Opa, lado errado. Sempre foi. Quem sabe eu só estava do lado errado da calçada? Voltei para a posição inicial e forcei-me a aceitar que ir para a direita era correto.
                Andava com a mente alheia ao que acontecia ao meu redor. Cachorros latiam, crianças gritavam, pais desesperavam-se. E não era capaz de nota-los. Não foram necessários muitos quarteirões até que eu estivesse na porta da casa dele. Toquei a campainha com dedos que não tremiam, chacoalhavam. Escutei passos. Você desesperou-se. Segurei o lado esquerdo do peito com força, na intenção de contê-lo.
                Alguém abriu a porta. Era ele. Seus olhos arregalaram ao me ver.
                - Meu Deus! – ele gritou. Veio e me apertou num abraço - Que saudade!
                - Eu não devia estar aqui. – sussurrei tão baixo que tive esperanças de que ele não ouviria.
                - Devia sim! Entra! – puxou minha mão, levando-me para dentro.
                - Sabe, a gente pode conversar?
                - Claro! Como você tá? – ao chegarmos na sala de estar, pude ver que havia uma garota bonita sentada no sofá – Ah, essa aqui é a Louise.
                - Oi. – olhei pra ela, e depois de volta pra ele – Mas sabe, queria conversar em particular com você.
Enquanto eu dizia isso, Louise levantou-se e segurou a mão dele como se fosse uma propriedade dela.
- Er, quer dizer, acho que vou indo. Vejo que você está ocupado. – olhei para aquelas mãos unidas e senti um arrepio. Eu realmente não devia estar ali.
Saí pela porta sem olhar para trás. Andei pelas ruas correndo e tropeçando, chorando e enxugando lágrimas, sofrendo e te apertando com a mão. Estava doendo. E não era pouco.

Mais uma vez, coração, você me fez agir como uma idiota. Devia acostumar-me com isso, já que é impossível para mim deixar de ouvi-lo. Mas não. Lá estava eu seguindo um impulso que me impedia de fazer o que era racional. Culpa sua. Toda sua. Coração, já não dei argumentos suficientes para que você deixe que o cérebro seja responsável por esse tipo de situação? Minha mente sã é maluca sob suas rédeas. Ignorar-te parece impossível? E se eu fizer com que você pare de bater? Assim seria impossível para você dar palpite numa vida que deveria ser coberta de sorrisos e alegria.

sábado, 26 de março de 2011

Excluir contato (do coração).





Você garota. Sim, você aí. Vou narrar uma história, e quero que me diga se não foi/é exatamente assim.




     Vocês se conheceram. Você se apaixonou instantâneamente, o achou lindo, engraçado, fofo, educado. Perfeito, enfim. Ele a adicionou no Orkut. Você deu um grito de emoção e logo mandou um recado. Ele respondeu. Você gritou novamente. Ele pediu seu MSN. Você gritou ainda mais alto. Começaram a conversar no MSN. Cada vez que ele a chamava, você se empolgava e seu coração disparava. Certo dia, você tomou coragem e pediu o telefone dele. Vocês trocaram os números e ele ligou imediatamente. Ficaram muito tempo conversando, e foi tão gostoso conversar com ele sobre tudo e sobre nada. Ele passou a ligar e mandar mensagens, de manhã, de tarde, de noite e de madrugada. Seu coração acelerava em todos os casos. Ele te ligou de madrugada, e você nem ficou chateada com isso. Aliás, ficou foi MUITO feliz. Você gastou todos os seus créditos em apenas um dia, e nem se importou. Ele disse que gostava de ouvir sua voz. Ele identificava sua voz quando você ligava do celular de uma amiga. Ele sempre te chamava para sair. Cinema, parque, shopping, caminhada, lanche... Tudo ele queria fazer com você. E você corria para pedir para sua mãe, e ela não deixava. Uma amiga se ofereceu para ir junto, e então sua mãe deixou. Vocês dois fugiram da amiga, desligaram seus celulares e todos ficaram loucos, sem saber onde se encontravam. Andaram abraçados, de mãos dadas, feito namorados. Ele foi embora. Seu coração foi junto. Ele ligou na semana seguinte. Chamou-a para ir a uma festa. Mas você já encontrava-se em uma. Um gato quis ficar com você, e você recusou. Você distraiu-se com os estudos. Outro gato quis ficar com você, e novamente, recusou. Ele sumiu. Você mandou uma mensagem. Ele ligou. E parecia tão feliz quanto você por se falarem novamente. Ele a chamou para sair, e claro, você aceitou. Lá estavam vocês juntos mais uma vez. Perderam a sessão do cinema e ficaram conversando sentados num banco. Quem passava por ali poderia sentir a felicidade e satisfação daquele momento. Ele a beijou. Mas foi rápido. E você não queria tão pouco. Sua mãe liga. Ela avisou que já estava indo te buscar. Ele a levou até o carro e a beijou na frente de seus pais. Algum tempo passou-se. Novamente, você distraiu-se com seus estudos. Ele não ligou mais. Vocês ficaram muito tempo sem se falar. Então, você resolveu ligar. Ele atendeu extremamente empolgado. E chamou-a para sair. Infelizmente, você não pode ir. E ele pareceu ter ficado magoado. Muito tempo passou. Muito mesmo. Você ligou e pediu desculpas, o convidou para sair, e ele desconversou. E então você resolve deixar pra lá. Você vai a uma festa. Mais de um menino lindo quer ficar com você, e você recusa todos. Por que recusou aqueles garotos? Até hoje você não sabe a resposta. Mais tempo passa. Você coloca créditos no celuar e arruma uma desculpa para ligar para ele. Liga, e ele parece empolgado, diz sentir saudades, diz sentir sua falta, você finge que acredita, e esquece. Pouco tempo passa. Você deita em sua cama e seu celular toca. Seu olhar ilumina-se de esperanças: "pode ser ele, não pode?". Mas não era ele. Era uma amiga, gritando de emoção, dizendo que havia encontrado-se com ele. E mais, que ele perguntou por você e disse sentir saudades. Seu coração explode de alegria, você se sente tão bem quanto não sentia a muito tempo. A esperança a invade e você resolve tomar coragem para chamá-lo para sair mais uma vez. Ah, mas adivinhe! Ele não quis ir. Ou não pode ir. Não importa. Se ele quisesse ir, teria arrumado alguma forma, dado algum jeito. Bom, agora, você tenta convencer seu coração de que nada que ele disse foi verdade. Você, finalmente, resolveu apagá-lo da lista de contatos do celular. Acabou para ele. Se sentir sua falta, ele terá de ligar. Agora garota, você realmente está arrancando-o de seu coração. Mais do que nunca está esforçando-se. Porque quando alguém erra e te magoa uma vez, tudo bem. Mas quando essa pessoa faz isso frequentemente, é mais do que hora de E S Q U E C E R.


E aí? É ou não é o que passa pela sua cabeça todo santo dia? Bem, pelo menos é o que passa na minha...

sexta-feira, 11 de março de 2011

Aceite. Você é feliz.

     Ela diz que sofre. Ela diz que sente falta dele. Ela diz que ainda não sabe viver sem pensar nele. Ela diz que ainda se sente magoada. Ela reclama que ama e não é correspondida. Ela diz que ainda o ama e quem sempre vai amá-lo.
     Isso tudo parece verdadeiro? Parece sincero? Penso que nem para ela e nem para quem assiste o drama do lado de fora, isso parece real. Acho que existe uma grande diferença entre falar e realmente sentir, viver. Ela diz que sente uma dor incomparável no coração, mas chega em uma festa e aceita o pedido de beijo de três garotos diferentes.
     Isso é sofrer por amor? Isso é usar pessoas para se distrair e para se divertir.
     Vamos deixar de falar tanto sobre nossos sentimentos e tentar vivê-los e entendê-los. Se dizer infeliz e não estar realmente triste, é mentir para si mesmo. Se não se sente dessa forma, pra quê tentar se sentir assim? Pare de se fazer de vítima. Pare de choramingar por detalhes insignificantes. Sejamos felizes. Aceitemos ser felizes.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Dele para você.



     Eu deveria ter enxergado. Deveria ter sido mais atento. Por que estava tão distraído? Por que não consegui ver? Simplesmente descartei aquilo que eu sempre quis. Joguei fora meu sonho de ter alguém como você, pois estava ocupado pensando em outro alguém.
     Me perdoe. Por favor. Não mereço o seu perdão, mas mesmo assim o peço. Me sinto tão mal em ter te magoado. Me sinto um lixo por não ter visto o quanto eu era importante para você. Meu coração agora doi mais do que o seu doía a um tempo atrás.
     Sou um idiota, porque nunca consegui enxergar quantas perfeições existem em você: seu rosto perfeito e infantil; seu cabelo sedoso, macio e comprido; seu corpo magro; suas mãos macias e carinhosas; seu sorriso feliz e infantil; seu olhar intenso; sua risada alta e indiscreta; sua boca delicada; suas bochechas fofas e rosadas; suas unhas, sempre com uma cor diferente.
     Nunca deixei de reparar em todos os seus pontos, querida. Sempre olhei todos eles. Mas antes só via o que a sociedade consideraria "feio". Agora vejo que tudo era uma mentira, da minha mente e do que as pessoas dizem, pois você é linda sendo você mesma. Me amando. Rindo. Gritando. Vendo a vida de um jeito bonito, mesmo que ela não seja.
     Só queria que o tempo voltasse atrás. Perdi você enquanto perdia também meu tempo com quem não me via como você me via. Perdi a maior oportunidade de ser feliz da minha vida não enxergando o quanto você é perfeita para mim.
     Vivi procurando pela perfeição. Procurando cabelos, olhos, rostos, corpos, vozes, mãos, peles perfeitos. Encontrei, sim. Mas essas garotas tinham um defeito: nunca olharam para mim do jeito que você costumava me olhar. Agora vejo, que a perfeição esteve o tempo inteiro na minha cara, eu que estava ocupado demais com banalidades para enxergar.
     E o pior disso tudo foi que eu mesmo saí perdendo. Pois agora que você não está mais comigo, garotos mais espertos tentam a sorte com você. E me doi ver que você tem vontade de corresponder aos galanteios deles. Doi ver que você desligou seu celular para evitar que eu a incomodasse. Doi ver que você está tentando me esquecer.
     A culpa foi minha, amor. Foi toda minha. Você abriu esse seu coraçãozinho e eu nunca fui inteligente o suficiente para ver que você era o que eu sempre sonhei.
     Mas, peraí. Eu te conheço. Você ainda não cede aos outros garotos. Você ainda não consegue viver outro amor. Você ainda me ama? Por favor não minta. Prometo que dessa vez não serei o completo idiota que fui. Eu juro que você não chorará por mim mais, a não ser por felicidade. Juro que nada nem ninguém será o que você foi para mim. Ninguém consegue ser tão feliz e extrovertida tendo tanta dor no coração. E eu admiro tanto isso em você, amor. Vejo o quanto você tenta ser feliz, mesmo com tanta dificuldade. Bem, continue assim, só deixe que eu te ajude um pouco, por favor.


     Amo você. E sempre amarei. Mesmo que você já não me corresponda.


Ele.

Só um belo pássaro.



     Não é por ser antipática. É por querer ser livre. Não quero depender de você. Então pare de depender de mim. Não preciso de ninguém além de mim mesma para ser quem eu quero ser, ou para fazer o que quero fazer. Aprenda isso comigo. Simplesmente pare de tentar me fazer sua propriedade. Não sou de ninguém.
     Precisa de ajuda para viver? Posso te ajudar. Mas PARE de tentar controlar meus passos, minhas palavras, minhas atitudes, minhas roupas, meus contatos, meus amigos, meus conhecidos, meus pretendentes. PARE. Já disse: não sou de ninguém. E outra, nunca serei.
     Se quer dizer alguma coisa, diga. Se quer fazer alguma coisa, faça. Se quer se matar, se mate. Não tenho nada a ver com isso. Pare de pedir minha opinião para a cor da gravata que você usará à noite. Só não aguento mais me sentir tão presa assim à alguém. É sufocante. É claustrofóbico. É desesperante. Pare de tentar me prender a força. Se eu quisesse ser presa, faria isso pela minha própria vontade.
     Então, largue minha mão por um segundo. Solte meu braço por um momento. Pareço fria, grossa, mal educada? Foi você quem provocou, ao tentar prender um pássaro que só queria voar e mostrar suas belas penas coloridas.
     Não quero parecer insensível, mas é a verdade. Não preciso de você tanto quanto você precisa de mim. Sei que sou muito para você. Sei que sou madura demais para você. E ser tão mais evoluída me irrita. Ter que ensiná-lo a viver é angustiante. Pois não quero me envolver tanto assim. 
     Aliás, ao pensar no seu nome, minhas pernas não tremem, meu coração não acelera, minhas palavras não ficam confusas, meu pensamento não escapole, minha vida não parece insignificante. Ao pensar no seu nome, só sinto um aperto esquisito. Uma dor incomum. Pois tudo mudou tão de repente. E agora é isso aí que todo mundo vê. Essa minha frieza irracional com tudo e todos. Só queria que você não tivesse me aprisionado tanto. Pois agora tudo estaria como deveria ter sido. Livre, tranquilo e feliz. Sem drama, sem sofrimento.
     É essa minha mania de colocar intensidade demais em banalidades. Sinto pena de você. Pois você nem tem consciência do sentimento profundo e irritado que tenho dentro de mim em relação à você. Mas a culpa foi sua. Eu nunca disse que estaria com você o tempo todo. Foi você quem colocou essas palavras na minha boca.
     Agora só tem uma palavra que quero dizer: TCHAU!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Frases


     É tão chato pensar que você é tudo pra mim e eu não sou nada para você.


     A distância que você impôs sobre nós é maior do que a real distância física existente.


     Tentar ser forte é pior do que admitir a fraqueza.


     - Por que não sai de perto de mim e volta a beijar aquela garota?
     - Porque fui um idiota e estou tentando concertar essa burrada.
     - 1. Concordo; 2. Desista.


     É triste ter a consciência de que fui apenas mais uma para você.


     Pode dizer e fazer o que quiser para me magoar agora, mas nada me fará esquecer o quanto você me amou no passado.


     Aposto que já ficou em estado letárgico, que você não ligaria se alguém lhe pegasse fazendo algo extremamente errado. Ou não se incomodaria em dizer aquilo que estava preso na sua garganta à séculos. Ou não acharia errado ferir os sentimentos de alguém. Ou até, quem sabe, acharia normal sentir vontade de pular de um precipício.
     Quando aquele alguém lhe fere, coisas importantes parecem banais. Como por exemplo, sua vida sem ele.



     E as vezes todos estão se importando com você, mas ele não está, então parece que ninguém está. Fonte



Nos foi dadas 2 mãos para serem seguradas,
2 pernas para caminharem,
2 olhos para ver e 2 orelhas para ouvir.
Mas por que apenas 1 coração?
Porque o outro foi dado para outra pessoa- nós só temos que achar. Fonte





     Sabe que, com muito esforço, aprendi a controlar aquela mania de dar atenção demais a quem não me dava atenção nenhuma.




     Não me pergunte sobre meu futuro. A única coisa com a qual me preocupo, é com o que vou fazer no fim de semana.




     Ele é tão bobo, imaturo, infantil, convencido, confuso, irritante, bipolar, mal-humorado, feio, chato e antissocial. E eu sou totalmente apaixonada por ele.




     Doi aqui dentro, porque eu me importo tanto e você nem lembra da minha existência.




     O amor doi, machuca, irrita, magoa, deprime, faz raiva e faz chorar. Mas (RARAMENTE) pode nos fazer felizes...




Fingir que nada está acontecendo, doi mais do que encarar de verdade a situação.




     O que tem de errado comigo? Sou feia, chata, boba, infantil, sem graça e o que mais? Que outros motivos existem, além desses, para você não sentir por mim o mesmo que sinto por você? 




     Ninguém nunca vai ser o que você foi pra mim. Não vou conhecer alguém tão perfeitamente imperfeito. Então, por favor, faça com que eu nunca precise encontrar outro alguém, prometa que estará comigo sempre, sempre e sempre.




    Às vezes as pessoas magoam. Mesmo que seja sem querer. Parece que o coração está sendo esmagado. Trucidado. Revirado. Ai, como dói. E você nem liga. Dói em mim, e você nem sabe. Ai coração, pare de sofrer por aquilo. Aquilo não merece isso, não merece essa sua dor. Só merece sua raiva, seu desapontamento e seu desprezo. Nada mais.



sábado, 1 de janeiro de 2011

Siga as regras, ok?

     


     - Oi, tudo bem? Você é novo por aqui, por isso quero deixar claro as regras. Tenho dez aquisições básicas, então, aqui vai:
1. Serei sempre feliz enquanto você estiver presente;
2. Trará bons momentos;
3. Me ensinará coisas que nunca antes havia imaginado viver;
4. Se quiser, poderá causar quedas, desde que sejam construtivas e não tão difíceis de vencer;
5. Aumentará meu círculo de amizades, sem perder ninguém no caminho;
6. Fará com que minha família esteja presente em todos os nossos melhores momentos;
7. Ajudará no sucesso do que anseiam meus amigos, minha família e eu também.
8. Surpreenderá apenas com coisas boas;
9. Me ajudará a vencer a insegurança, a preguiça e a teimosia;
10. Será perfeito na medida do possível.
     - Bem, é isso. Itens que não constam na lista serão comunicados ao decorrer da nossa convivência. 
     - No mais, bem-vindo, senhor 2011